A herança cultural negra será reverenciada durante a 1ª Parada Cultural 13 de maio. O evento, lançado pelo Centro de Referência da Cultura Negra, será realizado em comemoração ao dia da abolição da escravatura no Brasil. Com diversos grupos artísticos, muita música, dança e movimento pela valorização da raça negra, as apresentações serão iniciadas na avenida Antônio Carlos e acontecerão por todo trajeto até a sede da Fundação Cultural Calmon Barreto (FCCB). O evento, que acontece neste sábado, 13, data que marca a assinatura da Lei Áurea, a partir das 10h, contará com apresentações de hip hop, congado, escola de samba, maculelê e samba.
De acordo com o supervisor do Centro de Referência, José Ronan dos Santos, a primeira edição do evento é de suma importância para atender um anseio em comum com a FCCB, que pretende fixar e expandir a celebração da data no calendário de eventos da cidade. “A presidente da Fundação Cultural, Anette Akel, tem nos dado todo apoio e é peça fundamental para que esse evento aconteça. A Prefeitura de Araxá e a FCCB têm feito reformas no Centro de Referência e não deixou essa data tão importante passar. Em comum acordo conosco, querem transformar esse evento, para os próximos anos, em um marco no calendário turístico e cultural da cidade”, destacou o superintendente.
Lei Áurea
A Lei Áurea foi sancionada em 13 de maio de 1888, e foi o diploma legal que extinguiu a escravidão no Brasil, o último país independente do continente americano a abolir completamente a escravatura. A Lei Áurea foi precedida pela Lei do Ventre Livre, de 28 de setembro de 1871, que libertou todas as crianças nascidas de pais escravos e a Lei Saraiva-Cotegipe ou Lei dos Sexagenários de 1885, de 28 de setembro de 1885, que regulava "a extinção gradual do elemento servil", garantindo a liberdade aos escravos com mais de 65 anos de idade.