A 1ª Conferência Municipal de Saúde da Mulher foi um convite para se repensar as políticas atuais e elaborar propostas de novas políticas voltadas para a atenção feminina em Araxá. O evento ocorreu no Clube Araxá na última semana e contou com a presença de cerca de 250 participantes, entre população geral, agentes políticos, profissionais da saúde e representantes de entidades de variados segmentos. Foram eleitos delegados que defenderão em nível estadual e federal propostas debatidas durante o evento.
Conforme pauta nacional, a temática central foi “Saúde das Mulheres: desafios para a integralidade com equidade”, seguida de outros quatro eixos: “O papel do Estado no desenvolvimento socioeconômico e ambiental e seus reflexos na vida e na saúde das mulheres”, “O mundo do trabalho e suas consequências na vida e na saúde das mulheres”, “Vulnerabilidade nos ciclos de vida das mulheres na Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Mulheres” e “Políticas públicas para as mulheres e a participação social”.
O prefeito Aracely de Paula deu início à conferência com discurso de cumprimento às mulheres de Araxá pelo papel desempenhado na sociedade. De acordo com o prefeito, a Prefeitura sempre esteve comprometida em oferecer boas condições de atendimento para quem presta ou recebe os serviços para tal público.
“Quanto à participação da Prefeitura, estamos inteiramente abertos e solidários com os anseios de todas as mulheres de Araxá para que elas busquem e tenham aqui todas as condições de manter a saúde bem-estar naquilo que a medicina tem de mais avançado e melhor. Que possamos ter essa qualificação técnica também em nossa cidade”, destaca o prefeito.
O secretário municipal de Saúde, Alonso Garcia, esteve presente durante todo o evento e destacou a presença de várias pessoas representando o empenho em otimizar a saúde da mulher na cidade. “Tivemos profissionais e muitas pessoas da comunidade que usam o serviço público de saúde apresentando ideias na elaboração de uma política para saúde das mulheres, para que tenhamos uma segurança no que se tange à valorização da mulher. Trabalharemos para que sejam colocadas em prática propostas efetivas”, diz o secretário.
Uma das integrantes da mesa redonda e da organização do evento, a presidente do Conselho Municipal de Saúde, Elvira Pereira, atentou para a importância do coletivo em busca de melhorias. “Precisamos nos unir em todos os sentidos para democratizarmos e construirmos juntas a política da mulher. Os eixos todos foram discutidos para a elaboração de propostas que serão discutidas a nível estadual e federal”, afirma a presidente.
Equidade
A coordenadora da Vigilância em Saúde da cidade, Telma Di Mambro, salientou que a conferência se faz necessária por considerar a influência direta de setores como segurança e legislação na saúde da mulher. “Apesar de ter algumas leis próprias para as mulheres, isso é uma ilusão de que temos a mesma equidade. As leis existentes hoje e outras que serão criadas para a proteção da mulher existem porque de fato não tem equidade. Essas leis existem para compensar essa desigualdade e por essas políticas que tanto queremos que funcionem”, analisa a coordenadora.