Reforçar o ativismo e valorizar a raça negra são os objetivos do Centro de Referência da Cultura Negra de Araxá na celebração do Dia da Consciência Negra. Atividades culturais como caminhada e palestras foram programadas em conjunto com a Fundação Cultural Calmon Barreto, tendo como público-alvo as escolas araxaenses.
A programação, nesta segunda-feira, 20, contou com caminhada dos alunos da Escola Estadual Rotary até a Árvore dos Enforcados. A árvore é considerada patrimônio histórico da cidade. A lenda relata que dois escravos foram enforcados na árvore, em meados do século XIX. Eles foram condenados, em júri, pela morte do senhor. Na época, alguns araxaenses diziam que a árvore chorava e, por isto, ela virou símbolo da cultura negra.
A programação se estende até o dia 23, quinta-feira com palestras destacando a cultura afro. Na terça-feira, 21, haverá palestra para os alunos dos dois turnos da Escola Estadual Maria de Magalhães, na quarta-feira, 22, é a vez da Escola Estadual Vasco Santos, das 14 às 15h e na quinta, 23, encerrando a programação a palestra será direcionada aos alunos do período da manhã, na Escola Estadual Loren Rios Feres.
O supervisor do Centro de Referência da Cultura Negra, José Ronan dos Santos, afirmou que as palestras abordam aspectos de educação, cultura, culinária, dança, religiões e conquistas com uma perspectiva de humanização e respeito.
“Esse ano optamos por trabalhar a data no segmento da Educação, porque as escolas estão desenvolvendo projetos que tem a raça negra como temática. Estamos levando essa consciência de valorização da etnia para as escolas municipais e estaduais, mostrando a capacidade e competência do negro em vários aspectos e segmentos da sociedade. Se ficarmos presos só no passado, não conseguiremos alcançar nosso objetivo que é a valorização do negro”, destaca o supervisor.