A Prefeitura de Araxá, através da Secretaria Municipal de Saúde, realizou nesta quarta-feira, 7 de dezembro, uma palestra-aula sobre sífilis para treinar e esclarecer os servidores da pasta sobre o atendimento e tratamento da doença.
O Brasil vive uma epidemia de sífilis e nos últimos cinco anos a doença avançou de uma forma nunca vista. Segundo dados do Ministério da Saúde, a taxa de bebês com sífilis congênita em 2015 foi 13 vezes mais do que é tolerado pela Organização Mundial de Saúde e 170% a mais do que o registrado em 2010. A sífilis em gestantes teve aumento de 202%. Para sífilis adquirida (sífilis na população em geral) a taxa é de 42,7 casos a cada 100 mil habitantes.
Em Araxá, os casos contabilizados pela Vigilância Epidemiológica
Causada por uma bactéria, a sífilis é transmitida por via sexual e da gestante infectada para o bebê. Para controlar o avanço da epidemia, é preciso que o tratamento seja feito pela pessoa infectada e por seu parceiro sexual. No caso de gestantes, a terapia tem de ser realizada nos primeiros meses da gravidez. Caso contrário, há um grande risco de o bebê ser infectado ainda durante a gestação e nascer com problemas que vão desde surdez até deficiência cognitiva.
A capacitação foi feita pela médica infectologista Jaqueline Ribeiro da Silva, da Secretaria Municipal de Saúde, para que o diagnóstico aconteça o mais cedo possível. Foi repassado aos funcionários como identificar os sintomas, como abordar o paciente, acompanhar o diagnóstico e o tratamento.
O exame para saber se a pessoa tem sífilis é feito gratuitamente pela prefeitura no Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), que fica na rua Calimério Guimarães, 850, no Centro.